Desmistificando a Curiosidade Sobre Deficiências: Compreendendo e Respeitando

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Homem cego andando na calçada segurando a bengala.

Quem nunca ouviu a expressão “Será que a curiosidade matou o gato?”? É um ditado que nos faz refletir sobre a curiosidade e a busca por respostas. Quando encontramos alguém com alguma deficiência, é comum que algumas perguntas nos venham à mente automaticamente: “Como isso aconteceu? Desde quando? Como é viver assim?”

No entanto, é fundamental abordar essas questões com sensibilidade e empatia. Não há problema em querer entender a situação de alguém, mas devemos ter em mente que nem todos se sentem confortáveis em falar sobre sua condição. Além disso, não faz sentido sair fazendo perguntas pessoais a todas as pessoas que encontramos. O segredo está em estabelecer uma conexão e abrir espaço para que a pessoa compartilhe sua história se assim desejar.

Uma conversa aberta e respeitosa é a melhor maneira de esclarecer dúvidas. Perguntar diretamente é mais apropriado do que fazer suposições. Afinal, é preferível que nos perguntem a deduzir algo sobre nós.

As razões por trás de uma deficiência podem ser variadas, como acidentes, doenças genéticas, enfermidades adquiridas ao longo da vida, negligência ou tratamentos inadequados. Cada história é única, e é importante compreender que a jornada de cada pessoa é pessoal e muitas vezes complexa.

No meu caso, tenho retinose pigmentar, uma doença degenerativa da retina. Essa condição resulta na perda progressiva da visão devido à morte das células responsáveis por transmitir as imagens capturadas pela pupila para o cérebro. A formação de pigmentos cria uma espécie de “cortina” na retina. Geralmente, o processo é lento e começa com dificuldades para enxergar em ambientes escuros ou muito claros.

Minha jornada começou aos 10 anos, quando comecei a usar óculos. Aos 25, iniciei o processo de reabilitação, aprendendo a utilizar tecnologias assistivas. Hoje, aos 42 anos, mal consigo lembrar quando foi a última vez que enxerguei vultos.

Você já se viu em uma situação semelhante? Compartilhe suas experiências e pensamentos nos comentários. A conversa e a compreensão mútua são essenciais para desmistificar as deficiências e promover um mundo mais inclusivo e acolhedor.

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