Tornando a web mais inclusiva: Descrição de Imagens

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Homem com deficiência visual usando laptop e inteligência digital no escritório

Hoje em dia, as redes sociais e sites utilizam inteligência artificial para analisar imagens e transformá-las em texto. No entanto, essa conversão nem sempre reflete fielmente o que está representado na imagem, muitas vezes limitando-se a identificar objetos ou texto visível.

Para garantir que todos tenham acesso a informações visuais na internet, é fundamental fornecer descrições precisas das imagens, especialmente para aqueles que dependem de tecnologias assistivas, como leitores de tela. Estes dispositivos só conseguem ler o texto presente no atributo ALT das imagens, por isso, a descrição é crucial.

Entretanto, nem todas as imagens requerem descrição. Imagens puramente decorativas, que não têm relevância para a compreensão do conteúdo, podem ser ignoradas durante a leitura. Para determinar se uma imagem é relevante, pergunte a si mesmo qual mensagem ela pretende transmitir e se a sua ausência prejudicaria a compreensão do conteúdo por alguém que não pode ver a tela.

Uma mesma imagem pode ser descrita de diversas maneiras, dependendo do contexto e da intenção. Por exemplo, em uma campanha publicitária ou em um site de e-commerce, é crucial fornecer detalhes como marca, cor, tamanho e modelo do produto, pois essas informações são cruciais para a decisão de compra do cliente.

Aqui está um exemplo:

“Aparelho celular modelo X, com tela de 4.9 polegadas, cor preta, 128 gigas de memória, acompanha fone de ouvido e carregador.”

Por outro lado, ao apresentar um monumento ou uma obra de arte em uma exposição, a descrição precisa ser minuciosa, capturando todos os detalhes da obra. Cada componente é fundamental para a compreensão da expressão artística do autor.

Um exemplo inspirador é a descrição do MASP feita por Livia Motta, com consultoria de Cristiana Cerchiari para a Arteinclusão:

“Esta construção é um ícone da arquitetura e engenharia do Brasil, um dos cartões postais de São Paulo, na Avenida Paulista. Obra idealizada pela arquiteta italiana Lina Bo Bardi e construída de 1957 a 1968. Tem o maior vão livre da América Latina, com 74 metros de comprimento e 8 metros de altura…”

De acordo com a norma NBR 16.452:2016 da ABNT, a audiodescrição é essencial para tornar a informação visual acessível a todos. Isso envolve traduzir imagens em palavras por meio de técnicas especializadas, proporcionando uma narração descritiva em áudio. Para criar uma audiodescrição formal e concisa, siga estas etapas:

  1. Tipo de imagem: Fotografia, desenho, pintura, gráfico, mapa, etc.
  2. Formato: Quadrado, retangular, circular, etc.
  3. Cor: Colorido, preto e branco, etc.
  4. Resumo da imagem: Comece descrevendo o elemento mais importante na imagem, detalhando pessoas, posições, enquadramentos, vestimentas, móveis, objetos e o ambiente.

Lembre-se de que, ao publicar uma sequência de imagens, use o bom senso. Evite repetir descrições de elementos idênticos em cada foto, tornando a experiência mais agradável para quem utiliza leitores de tela. A inclusão de descrições de imagens torna a internet mais acessível e inclusiva para todos. Juntos, podemos construir um ambiente online mais igualitário e informativo.

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