15 anos de Virtual Vision – Congresso Learning & Performance Brasil 2013/2014

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Nesta sessão do Customer Advisory Board, realizada ontem, dia 24, durante o Congresso L&P Brasil 2013/2014, foi abordado o marco de 15 anos do Virtual Vision.
O primeiro a ter a palavra foi Daniel Musulin Soeltl, Diretor de marketing da MicroPower, que apresentou a linha do tempo do Virtual Vision, com histórico e fatos relevantes, como 1998 – lançamento do software; visita de Bill Gates ao Bradesco e indicação do Virtual Vision ao Smithsonian Computerworld Awards; 1999 – apresentação do Virtual Vision a Steven Ballmer (presidente da Microsoft em Seattle); 2009 e 2010 – implementação de mais de 65 melhorias e atualizações na versão 6.0; 2012 – lançamento da versão 7.0; entre outros.

Daniel também enfatizou que o Programa de Capacitação e Empregabilidade de Pessoas com Deficiência Visual, proporcionado pelo Virtual Vision, já capacitou mais de 18 mil pessoas, em mais de 100 entidades em todo o País, além de recolocar profissionalmente 1.800 deficientes visuais.

Para falar das melhorias na versão 7.0, Carlos Felipe Cacione Alves, programador responsável pelo Virtual Vision, tomou a palavra. Segundo ele, a MicroPower prevê 32 melhorias na versão, o que evidencia sua constante evolução. Está prevista, ainda para 2013, a entrega do pacote de compatibilidade com aplicações da Windows Store.

Carlos também falou sobre o lançamento da versão 8.0, previsto para dezembro de 2013. Ela deverá apresentar diferenciais importantes, como navegação por elementos, acesso remoto, licenciamento para uso doméstico e corporativo, leituras em inglês e espanhol, navegação mais rápida e intuitiva, além do suporte ao usuário e a disponibilização de um FAQ.

Finalizando, William Duarte de Oliveira, coordenador do Virtual Vision, falou sobre a parte técnica do software, começando pelo licenciamento da versão 8.0, cujo uso pode ser doméstico. O uso público será aberto a empresas, organizações públicas, escolas e universidades.
Ele apresentou, ainda, alguns dos serviços prestados pela MicroPower e disponíveis a clientes e usuários, como análise de acessibilidade em sites, diagnóstico de acessibilidade em sites e sistemas, consultoria na construção de sites acessíveis e treinamento para funcionários usuários do programa.
Ao final da sessão, houve uma homenagem a representantes de instituições parceiras do Virtual Vision, por sua contribuição para com a inclusão e capacitação de deficientes visuais para o mercado de trabalho, bem como a colaboradores da própria MicroPower.
Capacitação de pessoas com deficiência visual

Presidida por André Rezende, analista de suporte do Virtual Vision, esta sessão teve um discurso de abertura feito por Manoel Piauilino, da Fundação Bradesco, sobre o pioneirismo da Fundação no interesse em desenvolver um software, que possibilitasse o acesso ao site por deficientes visuais.

Em 1994, Laércio Sant’Anna, então cliente do Bradesco e deficiente visual, entrou em contato com a instituição e manifestou interesse em acessibilidade. Três anos depois, o Bradesco iniciava suas operações com o Virtual Vision, sem se preocupar com lucratividade, mas focando em fazer a diferença.
Hoje, a Fundação não só possibilita o acesso ao site por meio do software como também desenvolve cursos com o apoio do Virtual Vision, como Windows XP e Internet 8.0. O sucesso dos cursos foi tal que a Fundação já está desenvolvendo outros.
Manoel finalizou seu discurso citando que a parceria entre a Fundação Bradesco e o Virtual Vision possibilitou números bem expressivos: 6.821 atendimentos nos cursos ministrados, 4.716 instituições parceiras, 564 multiplicadores e 12.002 atendimentos.
Nesse momento, duas pessoas da plateia se manifestaram acerca do Virtual Vision:
“Estava sem expectativa, sem rumo” (…) “Depois que conheci a Fundação Bradesco e o Virtual Vision, minha vida mudou.” (Márcio Carli)
“Inclusão é o privilégio de viver com as diferenças.” (Maria Teresa)
Em seguida, Markiano Charan, Diretor-presidente da Adeva (Associação de Deficientes Visuais e Amigos), parabenizou o Virtual Vision por seus 15 anos, relembrando que o software possibilita a interação com a internet, a inclusão social e a inclusão do deficiente visual no mercado de trabalho.
Markiano contou um pouco da história da Adeva com o Virtual Vision, que começou em 1999, quando a empresa ministrou o curso do software a professores da rede estadual de ensino. A partir do ano 2000, a Adeva iniciou a capacitação dos deficientes visuais e hoje apresenta números como: 2.500 pessoas capacitadas; 9 mil atendimentos; 60% dos capacitados incluídos no mercado de trabalho.
A sessão foi finalizada por Joana Maria, integrante do Programa Senai de Ações Inclusivas – PSAI – Departamento Nacional. Ela está há 10 anos na instituição e conheceu o Virtual Vision por meio da Fundação Bradesco: “Em 2006, apresentei o Virtual Vision ao Senai e logo capacitamos 75 docentes na ferramenta”. De 2007 para cá, já foram então capacitadas mais de 80 mil pessoas. Ao final, parabenizou a MicroPower pelo desenvolvimento do importante software.
Empregabilidade para pessoas com deficiência

Helena Miyahara, do Banco Bradesco, iniciou a sessão presidida por Sidnei Silvestre, com uma pergunta: “O que é diferente?”
Segundo Helena, de acordo com o IBGE, os deficientes visuais somam 1% da população, e o que os torna diferentes dos demais é a falta de informação por parte da sociedade, acompanhada de um “pré-conceito” que teve início na Idade Média, quando se acreditava que a cegueira era um castigo de Deus.
A palestrante apresentou um case denominado “Uma experiência real: Organização Bradesco”. Segundo ela, “Há 50 anos, não se falava muito em inclusão, mas o Bradesco já a tinha em seus projetos. Podemos dizer que está no DNA da empresa. Hoje, temos um programa de capacitação com 894 horas/aula”.
Além dos cursos administrativos, o programa promove workshops de sensibilização, visando mostrar aos colaboradores não deficientes, como trabalhar para facilitar a adaptação de um deficiente visual.
“Por meio de energia, de força e de sensibilização no coração, conseguimos incluir o deficiente visual no ambiente de trabalho. O deficiente visual é capaz!”. Assim, Helena finalizou sua palestra.

Depois foi a vez de João Ribas, head de Diversidade & Inclusão da Gerência de Cidadania Corporativa da Serasa Experian. Ele foi objetivo em seu discurso: “Tenhamos pé no chão. Lei de cotas não garante empregos para deficientes visuais”.

De acordo com ele, a própria lei preconiza que as empresas são livres para admitir e demitir colaboradores com deficiência. Portanto, a melhor saída é aperfeiçoar-se profissionalmente: “Temos de estar preparados para atuar no cargo, e só há uma maneira de crescer: buscando seu próprio desenvolvimento”.

João citou o Virtual Vision como um software essencial ao desenvolvimento do deficiente visual e, por fim, enfatizou que a Serasa Experian emprega 20 funcionários com deficiência visual e que a integração entre eles e os demais colaboradores acontece por meio de uma Oficina de Sensibilização, denominada: “Como funciona o mundo de um deficiente visual?”.
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